Barra Mansa – Os profissionais de educação da rede municipal saíram às ruas novamente nesta sexta-feira (25) para se manifestar no pátio da prefeitura de Barra Mansa. De acordo com profissionais do Sindicato Estadual dos Profissionais da Educação (Sepe), a greve foi motivada por conta do descumprimento de leis trabalhistas, aumento da carga horária sem acréscimo salarial e possível inviabilização à aposentadoria dos funcionários.
A greve foi iniciada nesta quinta-feira (24) com cerca de 200 professores. Após assembleia realizada na noite de ontem, as manifestações foram mantidas por unanimidade entre os profissionais. O Sepe acrescenta que o movimento está crescendo a cada dia que passa e que, além de diversos descumprimentos, não existe comunicação com a prefeitura de Barra Mansa.
O prefeito Luiz Furlani se pronunciou em vídeo publicado nas suas redes sociais. Na gravação, Furlani ressalta que está há menos de quatro meses no mandato e que muitas afirmações não condizem com a realidade. “Na rede municipal de educação, por 20 horas semanais ou meio período, nenhum professor concursado efetivo tem salário menor do que R$ 3.200. Nenhum professor contratado de forma temporária tem salário menor do que R$ 2.300, diferente do que é propagado pelo Sepe.
O prefeito também respondeu sobre o aumento da carga horária. “Estamos aumentando a carga em uma hora por dia o tempo do professor em sala de aula, sendo que ele vai receber o acréscimo em seu salário destas horas trabalhadas. Uma hora por dia, cinco horas por semana e 20 semanais. Não terá redução e sim aumento”, acrescenta.
Por fim, Furlani define em seu vídeo como ‘maldade’ a propagação do fim da licença premium aos profissionais. ‘Isso não procede em hipótese alguma. Isso é um direito constitucional adquirido do servidor e isso vai continuar. Não acreditem em fake News ou mentiras”, encerra.
Em depoimento ao RADAR SUL FLUMINENSE, uma professora da rede pública e partidária da greve rebateu o vídeo publicado pelo prefeito. “Vi esse pronunciamento como um duplo ataque do Furlani. Além de retirar direitos, mobilizou a opinião pública contra os professores no que parece um grande projeto de desvalorização da educação. Barra Mansa só perde”, enfatiza a profissional.