Volta Redonda tratou mais de 26 bilhões de litros de esgoto em dez anos

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Volta Redonda – A Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) Gil Portugal, localizada no bairro Vila Santa Cecília, completou dez anos de funcionamento e já tratou mais de 26 bilhões de esgoto neste período. Inaugurada em 24 de abril de 2015 pelo prefeito Antonio Francisco Neto, pelo diretor-executivo do Saae-VR , Paulo Cezar de Souza (PC), e pelo então governador Luiz Fernando Pezão, a unidade – responsável pelo tratamento de esgoto de diversos bairros do município – tem sido essencial para o avanço do saneamento básico na cidade, como demonstram os números.

Projetada com capacidade para tratar 140 litros de esgoto sanitário por segundo, a ETE Gil Portugal já processou, segundo o Saae-VR, 26.491.324 metros cúbicos de esgoto em seus dez anos de operação – o equivalente a 26,491 bilhões de litros. Isso representa uma média mensal de 235,8 mil metros cúbicos. No que diz respeito à carga orgânica, deixaram de ser lançados no Rio Paraíba do Sul 8.342.220 quilos – ou 8.342,22 toneladas.

A ETE Gil Portugal atende 20 bairros, distribuídos por três bacias de esgotamento. A Bacia 4 inclui Conforto, Eucaliptal, São Lucas, São Cristóvão, parte do Santa Inês e Minerlândia; a Bacia 5 abrange os bairros Vila Santa Cecília, Sessenta, Monte Castelo, Laranjal, Bela Vista, Rústico e Santa Tereza; já a Bacia 6 contempla Jardim Esperança, Siderópolis, Casa de Pedra, Jardim Tiradentes, Village Sul, Jardim Vila Rica e Cidade Nova.

No total, 35 localidades em Volta Redonda contam com tratamento de esgoto, beneficiando mais de 70 mil moradores.

Remoção de 95% da carga orgânica

Sobre a técnica utilizada no tratamento do esgoto, o diretor-executivo do Saae-VR, Paulo Cezar de Souza, explica que ela combina processos aeróbios e anaeróbios, capazes de remover aproximadamente 95% da carga orgânica da água. Após o tratamento, o efluente é devolvido aos córregos da cidade com aparência quase cristalina, contribuindo diretamente para a melhoria da qualidade das águas do Rio Paraíba do Sul.

“Ao evitar o despejo do esgoto in natura nos córregos da bacia hidrográfica local, a ETE Gil Portugal tem beneficiado não apenas os moradores dos bairros atendidos, mas toda a população de Volta Redonda – além de preservar o meio ambiente, que deixa de sofrer com a poluição gerada por esse volume de esgoto”, afirmou.

Efeitos positivos

Ao longo da última década, a ETE Gil Portugal tem desempenhado um papel crucial ao redirecionar o esgoto que anteriormente era despejado nos córregos Brandão, Cachoeirinha e Secades. Essa ação resultou em uma expressiva redução da carga orgânica nesses cursos d’água, comprovada pelo tratamento de mais de 8 mil toneladas de matéria orgânica e cerca de 26,5 bilhões de litros de esgoto.

Para o prefeito Antonio Francisco Neto, a Estação de Tratamento de Esgoto Gil Portugal integra um conjunto de obras que, embora menos visíveis do que investimentos como os viadutos do Plano de Mobilidade Urbana ou a ampliação do Hospital São João Batista – atualmente em execução –, deixam um legado duradouro.

“Cuidar do meio ambiente é uma obrigação do presente para garantir nosso futuro. Quando aceitamos o desafio de construir a estação de tratamento de esgoto, nosso objetivo era recuperar os córregos, reduzir a poluição que chega ao Paraíba do Sul e proporcionar mais qualidade de vida à população. Dez anos depois, podemos afirmar com orgulho que a ETE Gil Portugal é um marco para o saneamento básico de Volta Redonda”, completou Neto.

Foto: Arquivo/Secom/PMVR.

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